Cuidar, arrancar pela raiz, podar ou simplesmente transplantar? (ou Se os monumentos fossem planta)
por Tatiana Aragão
Como seriam belas as estátuas equestres se contassem apenas dos cavalos!
(Mario Quintana)
Em 25 de maio de 2020 um policial estadunidense assassinou George Floyd por asfixia mecânica em uma calçada de Minneapolis. Floyd era um homem negro de 46 anos, supostamente responsável pelo repasse de uma nota falsa de 20 dólares em uma loja de conveniência. A ação foi filmada por uma testemunha que registrou os minutos finais do homem, que repetia seguidamente: “Não consigo respirar”. Parcialmente ocultado pela viatura, o policial Derek Chauvin manteve Floyd algemado, de bruços, com o pescoço prensado contra o chão, enquanto esmagava sua garganta com o joelho. Outros três policiais deram cobertura a Chavin, cúmplices da ação. No vídeo é possível ouvir os gritos de populares que clamam: “Solte o pescoço dele!”
O assassinato de Floyd disparou uma série de protestos: houve passeatas, saques, quebra-quebra – a delegacia de Minneapolis virou cinzas. As ações se espalharam pelos Estados Unidos e se multiplicaram ao redor do globo, capitaneadas pelo movimento Black Lives Matter¹. Naquele momento, a força que mantinha o racismo e demais opressões sob tensão se intensificou de tal maneira, que algo se rompeu. Revoltadas, as pessoas não hesitaram em tomar as ruas, mesmo correndo o risco de contaminação pelo coronavírus. Isolados em suas casas desde março deste mesmo ano, temendo o contato com outros seres humanos em virtude de uma doença pouco conhecida, de fácil transmissão e potencialmente fatal, os manifestantes escolheram não se abster. O silêncio era também um risco.
Na esteira dos protestos antirracistas, monumentos históricos tornaram-se alvo. Em Bristol, na Inglaterra, a estátua de Edward Colston (1636-1721) foi derrubada e depois jogada em um ancoradouro. Esculpida em bronze por John Cassidy e colocada sobre um pedestal de rocha calcárea, a estátua trazia uma placa que informava: “Erigida pelos cidadãos de Bristol como um memorial para um dos filhos mais virtuosos e sábios de sua cidade. A.D 1895²”. Apesar da legenda elogiosa, desde a década de 1990 o monumento vinha sendo repudiado pelos moradores, que através de campanhas e petições solicitavam a sua retirada. Se o século XIX julgara que os feitos de Colston eram tão louváveis a ponto de que sua imagem fosse eternizada em uma liga metálica de ferro e estanho, no século posterior verificou-se que havia outros lados para a mesma história.
No decorrer de sua vida, Colston havia sido um grande filantropo, doando grandes somas de dinheiro a casas de caridade, hospitais, escolas, asilos e igrejas em Bristol, mas também por toda a Inglaterra. Mesmo depois de sua morte, Colston não deixou seus protegidos desassistidos, legando 71.000 libras para a caridade. Diante de tamanha generosidade, é legítimo que se pergunte a origem de sua riqueza. Se a pergunta é razoável, a resposta é inaceitável para os dias atuais: o “filho virtuoso e sábio” de Bristol era um próspero comerciante de pessoas escravizadas. Membro ativo da Companhia Real Africana³, durante sua participação na organização foi responsável pelo tráfico de 84.000 seres humanos da África Ocidental para as Américas.
À medida que as partes não elogiosas da trajetória de Colston foram sendo divulgadas ao público, principalmente através de uma biografia publicada em 1920 pelo reverendo progressista H. J. Wilkins, a visão que os moradores de Bristol tinham sobre seu benfeitor foi se alterando. Já havia se passado quase 200 anos de sua morte, mas o que se conhecia da história de Colston era a porção editada. Se o biografado havia vivido em um período anterior à abolição da escravatura no Império Britânico, quando a escravidão ainda era largamente percebida como aceitável – o que justificaria a homenagem, levando em consideração sua faceta filantrópica – ainda assim a instalação do monumento se deu 62 anos após o fato. A estátua de Edward Colston é a prova material que os comportamentos não se transformam apenas por leis e decretos e que a história pode ser torcida e retorcida ao gosto de quem a conta.
Em 1992, a galeria e centro cultural Arnolfini, localizado no porto de Bristol, promoveu uma mostra intitulada “Troféus de Império?”. Carole Drake, artista local, apresentou a instalação “Dia da Comemoração?”. O nome refere-se a uma antiga cerimônia que agregava estudantes todos os anos na Catedral de Bristol para homenagear seu patrono, Edward Colston. A obra apresentava um monte retangular de crisântemos empilhados no chão – supostamente a flor favorita de Colston – que foram apodrecendo à medida que a exposição seguia em cartaz. Projetada na parede, em frente ao monte, havia a imagem de alunas da Escola Colston adornando o memorial – ainda de pé – com crisântemos. A projeção era interceptada pela sombra de uma réplica da estátua original, suspensa pelo pescoço com uma corda, como um enforcado. Ouvia-se o hino escolar “Alegrai-vos, puros de coração?”, entrecortado por uma voz que lia, em um murmúrio, dados referentes ao tráfico de pessoas escravizadas. Sobre a mostra, a artista afirmou que a instalação se refere:Seis anos depois da exposição, o incômodo provocado por Colston ainda se fazia sentir. Na calada da noite, alguém escreveu “TRAFICANTE DE ESCRAVOS” na base da estátua, fato que levou o então único vereador negro de Bristol, Ray Sefia, a afirmar:[…] aos pontos cegos na cultura ocidental, uma amnésia coletiva que nega as fontes de riqueza que construíram esses ‘troféus do império’, e as maneiras pelas quais a cultura branca dominante e seu povo se beneficiam da exploração de outras culturas e pessoas tanto no exterior, como em seus países.?”?
Se nós, nesta cidade, queremos glorificar o comércio de escravos, então a estátua deve ficar. Do contrário, ela deve ser sinalizada com uma placa indicando que ele era um traficante de escravos ou a estátua deve ser removida.?”¹?
Em 2017, uma placa comemorativa não oficial foi afixada no memorial pelo escultor Will Coles onde lia-se: “Capital do comércio de escravos no Atlântico de 1730 a 1745″ e lembrava “os 12 milhões de pessoas escravizadas, das quais seis milhões morreram como cativas”. Dois meses se passaram e o letreiro foi removido pela Câmara Municipal, responsável pelo monumento.
Posteriormente, houve tentativas pela mesma Câmara Municipal de inserir uma legenda ao memorial, mas nenhuma delas obteve sucesso. Na primeira delas foi escrito o seguinte texto:Como alto funcionário da Royal African Company de 1680 a 1692, Edward Colston desempenhou um papel ativo na escravidão de mais de 84.000 africanos (incluindo 12.000 crianças), dos quais mais de 19.000 morreram a caminho do Caribe e da América. Colston também investiu no comércio espanhol de escravos e no açúcar produzido por eles. Como deputado conservador por Bristol (1710-1713), ele defendeu o “direito” da cidade ao comércio de escravos africanos. Os habitantes de Bristol que não seguiam suas crenças religiosas e políticas não tinham permissão para se beneficiar de suas instituições de caridade.¹¹”¹²
A legenda foi repudiada pela The Society of Merchant Venturers¹³ – organização da qual Colton fizera parte – e um conselheiro conservador da cidade acusou-a de ser “revisionista” e “historicamente analfabeta”. Em 2018, a Câmara Municipal apresentou uma segunda versão, escrita em parceria com uma professora de história da Universidade West of England, Madge Dresser, e alguns alunos da escola Cotham¹? Gardens (Jardins de Cotham). Novamente, houve críticas e o texto foi alterado. O responsável pelas modificações foi Francis Greenacre, antigo curador do Museu de Bristol. O que não se suspeitava era que ele também era membro da The Society of Merchant Venturers. O texto teve apoio da Sociedade Cívica de Bristol, mas a professora, ao tomar conhecimento da legenda, desprezou-a, dizendo que se tratava de uma versão “higienizada” da história. A futura placa dizia assim:
Edward Colston (1636-1721), deputado por Bristol (1710-1713), foi um dos maiores benfeitores desta cidade. Ele apoiou e doou escolas, asilos, hospitais e igrejas em Bristol, Londres e em outros lugares. Muitas de suas fundações de caridade continuam. Esta estátua foi erguida em 1895 para comemorar sua filantropia. Uma proporção significativa da riqueza de Colston veio de investimentos no comércio de escravos, açúcar e outros bens produzidos por escravos. Como funcionário da Royal African Company de 1680 a 1692, ele também se envolveu no transporte de aproximadamente 84.000 homens, mulheres e crianças escravos africanos, dos quais 19.000 morreram em viagens da África Ocidental para o Caribe e as Américas.¹?”¹?
A placa foi produzida, mas o prefeito da cidade, Marvin Rees, proibiu sua instalação. Em um comunicado oficial, Rees declarou que a legenda era “inaceitável” e que ele não havia sido consultado a respeito de sua confecção, criticando a interferência da Society of Merchant Venturers. O prefeito comprometeu-se a continuar trabalhando em uma nova placa. Apesar da promessa, nunca foi inserida uma legenda adicional.
Em 2018, no Dia Anti-Escravidão¹?, foi realizada uma interferência na estátua que amanheceu fronteada por 100 réplicas de corpos humanos. Dispostos de maneira semelhante às condições dos navios negreiros, as figuras foram delimitadas por retângulos de concreto que imitavam o traçado de uma embarcação. Nestes retângulos estava escrito: “aqui”; “agora”; “trabalhadora do sexo”; “lavador de carro”; “cozinheira”; “lavrador”; “manicure”; “empregada doméstica”. Não é preciso muita elaboração para perceber os velhos mecanismos funcionando através de outra engrenagem.
Voltamos a 2020: na escalada dos protestos que se sucederam à extração da estátua, o artista Banksy publica em sua conta no Instagram uma sugestão irônica de como lidar com a situação: ele sugere que a estátua seja retirada da água e recolocada no pedestal ligeiramente inclinada, com cordas no pescoço, junto a esculturas adicionais de manifestantes puxando-a para baixo. Desta forma, Colston continuaria em exposição, mas em outro contexto – transformando o ato da derrubada em si em um momento histórico a ser imortalizado para as futuras gerações. É claro que a hipótese era inadmissível para os mais empedernidos defensores da estátua.
Dia 15 de julho de 2020: o pedestal de Colston amanhece ocupado. Em seu lugar materializa-se a escultura de uma mulher negra. A ação foi obra do artista visual caucasiano Marc Quinn em colaboração com a pessoa retratada. Feita em resina e aço, a peça representa uma mulher preta, com o punho erguido para o alto em uma saudação do movimento Black Power¹?. Trata-se de Jen Reid, uma jovem manifestante, de ascendência jamaicana, que subiu no pedestal onde estava Colston logo após sua retirada. Ela repetiu o gesto que vemos cristalizado na estátua. Diz ela sobre aquele momento:
Ver a estátua de Edward Colston sendo jogada no rio me pareceu um momento verdadeiramente histórico; gigantesco. Quando eu estava lá no pedestal e levantei meu braço em uma saudação do Black Power, foi totalmente espontâneo, eu nem sequer pensei nisso. Meus pensamentos imediatos foram para os escravos que morreram nas mãos de Colston e para lhes dar poder. Eu queria dar poder a George Floyd, queria dar poder a negros como eu, que sofreram injustiças e desigualdades.¹?“²?
A obra foi batizada como “Uma Onda de Poder (Jen Reid) 202021” e sua instalação criou debate intenso e um impasse para as autoridades. Seria legal deixá-la por lá, posto que se tratava de uma intervenção não consentida? Se retirassem a peça, poderia haver acusação de racismo? Quanto custaria aos cofres públicos a retirada? Seria a instalação da escultura uma imposição, em uma atitude incoerente daqueles que desejavam a retirada de Colston? Fosse como fosse, a permanência da obra no local foi curta, mesmo que o prefeito tivesse afirmado que seu futuro seria decidido pelo povo. Em 24 horas a Câmara Municipal já a havia removido. Para o escultor Thomas J. Price, o ato pareceu uma enganação e um presepada de relações públicas. Diz ele:
[…] um exemplo genuíno de como agir sendo aliado da causa poderia ter sido dar o apoio financeiro e prover as instalações necessárias para que um jovem artista negro local fizesse a substituição temporária. Isso teria colocado as vozes negras em uma posição genuinamente poderosa para reapropriarem-se de sua história de maneira autêntica. Em vez disso, um momento de mudança social que deveria ter proporcionado igualdade e oportunidades reais para as pessoas pretas foi usurpado.²²”²³
A lição que pode ser tirada a respeito do imbróglio que envolve a estátua de Edward Colston é que não há resposta pronta para a questão de monumentos anacrônicos. Há que se estudar cada caso, tomando o cuidado de notar que qualquer solução adotada terá as marcas do tempo em que foi elaborada. Desta forma, o mais indicado seria que não se tomasse nenhuma atitude irreparável, porque as formas de compreender o mundo se alteram com a passagem dos anos e uma vez perdida uma peça original, não há como recuperá-la. Alguém pode afirmar que nada é eterno e até mesmo a Monalisa no Louvre um dia irá se decompor. Outro dirá que a violência simbólica que essas esculturas e monumentos exercem não é levada em consideração, mas quando há uma reação a essa violência, esta é sempre tida como agressiva e desproporcional. Dirão também que a arte está sendo colocada em patamar superior à vida. As verdades são diversas e a própria natureza dos monumentos é paradoxal: são forjados em matéria nobre para imortalizar personagens; no entanto, sua rigidez é impotente quanto ao desejo de cristalizar mentalidades. E ainda bem que é assim!
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¹Em português: Vidas Negras Importam. Movimento que teve origem em 2013 como reação à absolvição do assassino de Trayvon Martin, adolescente negro. Segundo o site do movimento: “a Black Lives Matter Foundation, Inc é uma organização global nos EUA, Reino Unido e Canadá, cuja missão é erradicar a supremacia branca e construir poder local para intervir na violência infligida às comunidades negras pelo Estado e vigilantes”. (esse trecho, assim como todos os outros citados neste artigo, foi traduzido pela autora).
²No original: “Erected by the citizens of Bristol as a memorial of one of the most virtuous and wise sons of their city. A.D. 1895”.
³Em inglês: Royal African Company. Trata-se de uma corporação britânica fundada em 1660 que comercializava pessoas escravizados oriundas da costa oeste da África.
?No original: “Trophies of Empire”.
?Idem: “Commemoration Day”.
?Idem: “Rejoice ye pure in heart“.
?Idem: “[…] the blind spots in Western culture, a collective amnesia which denies the sources of wealth which built such ‘trophies of empire’, and the ways in which dominant white culture and its people benefit from the exploitation of other cultures and people both overseas and at home.”
?GOLDSMITHS LIBRARY. Twitter: @ GoldsmithsLib ,18 jun 2020. Disponível em: <https://twitter.com/GoldsmithsLib/status/1273585287826792451/photo/1> Acesso em: 25 out 2020.
?Em inglês: “If we in this city want to glorify the slave trade, then the statue should stay. If not, the statue should be marked with a plaque that he was a slave trader or taken down.”
¹?STATUE OF EDWARD COLSTON. In: WIKIPEDIA. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Statue_of_Edward_Colston> Acesso em: 25 out 2020.
¹¹No original: “As a high official of the Royal African Company from 1680 to 1692, Edward Colston played an active role in the enslavement of over 84,000 Africans (including 12,000 children) of whom over 19,000 died en route to the Caribbean and America. Colston also invested in the Spanish slave trade and in slave-produced sugar. As Tory MP for Bristol (1710–1713), he defended the city’s ‘right’ to trade in enslaved Africans. Bristolians who did not subscribe to his religious and political beliefs were not permitted to benefit from his charities.”
¹²CORK, Tristan. Row breaks out as Merchant Venturer accused of ‘sanitising’ Edward Colston’s involvement in slave trade. Bristol Post. 23 ago 2018. Disponível em: <https://www.bristolpost.co.uk/news/bristol-news/row-breaks-out-merchant-venturer-1925896> Acesso em: 25 out 2020.
¹³Idem: Sociedade de Empreendedores Mercantes.
¹?A escola originalmente chamava-se Colston Primary School (Escola Primária Colston), mas em setembro de 2017, por meio de uma votação, seu nome foi alterado.
¹?No original: “Edward Colston (1636–1721), MP for Bristol (1710–1713), was one of this city’s greatest benefactors. He supported and endowed schools, almshouses, hospitals and churches in Bristol, London and elsewhere. Many of his charitable foundations continue. This statue was erected in 1895 to commemorate his philanthropy. A significant proportion of Colston’s wealth came from investments in slave trading, sugar and other slave-produced goods. As an official of the Royal African Company from 1680 to 1692, he was also involved in the transportation of approximately 84,000 enslaved African men, women and young children, of whom 19,000 died on voyages from West Africa to the Caribbean and the Americas.”
¹?CORK, Tristan. Second Colston statue plaque not axed and will still happen but mayor steps in to order a re-write. Bristol Post. 25 mar 2019. Disponível em: <https://www.bristolpost.co.uk/news/bristol-news/second-colston-statue-plaque-not-2682813> Acesso em: 25 out 2020.
¹?Idem: “Anti-Slavery Day”.
¹?Em português: Poder Preto.
¹?No original: “Seeing the statue of Edward Colston being thrown into the river felt like a truly historical moment; huge. When I was stood there on the plinth, and raised my arm in a Black Power salute, it was totally spontaneous, I didn’t even think about it. My immediate thoughts were for the enslaved people who died at the hands of Colston and to give them power. I wanted to give George Floyd power, I wanted to give power to Black people like me who have suffered injustices and inequality.”
²?A SURGE OF POWER (JEN REID) 2020. In: WIKIPEDIA. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/A_Surge_of_Power_(Jen_Reid)_2020 > Acesso em: 25 out 2020.
²¹No original: “A Surge of Power (Jen Reid) 2020”.
²²Idem: “[…] a genuine example of allyship could have been to give the financial support and production facilities required for a young, local, Black artist to make the temporary replacement. This would have positioned Black voices into a genuinely powerful position to reclaim their history in an authentic way. Instead, a moment of social change that should have been about bringing equality and real opportunities to Black people has been hijacked.”
²³PRICE, Thomas J. The problem with Marc Quinn’s Black Lives Matter sculpture. The Art Newspaper, 16 jul 2020. Disponível em: <https://www.theartnewspaper.com/comment/a-votive-statue-to-appropriation-the-problem-with-marc-quinn-s-black-lives-matter-sculpture> Acesso em: 25 out 2020.
Referências:
A SURGE OF POWER (JEN REID) 2020. In: WIKIPEDIA. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/A_Surge_of_Power_(Jen_Reid)_2020 > Acesso em: 25 out 2020.
BANKSY. Instagram: @banksy 09 jun 2020. Disponível em: <https://www.instagram.com/p/CBNmTVZsDKS/> Acesso em: 25 out 2020.
BIGGS, Bryan. Trophies of Empire. Rita Keegan Archive Project, 06 ago 2020. Disponível em: <https://ritakeeganarchiveproject.com/2020/08/06/trophies-of-empire/> Acesso em: 25 out 2020.
BLACK LIVES MATTER. Disponível em: <https://blacklivesmatter.com> Acesso em: 25 out 2020.
BLOCK, India. Marc Quinn replaces statue of slaver Edward Colston with Black Lives Matter protestor. Dezeen. 16 jul 2020. Disponível em: <https://www.dezeen.com/2020/07/16/a-surge-of-power-marc-quinn-jen-reid-bristol-statue-colston-news/> Acesso em: 25 out 2020.
CORK, Tristan. Theft or vandalism of second Colston statue plaque ‘may be justified’ – Tory councillor. Bristol Post. 23 jul 2018. Disponível em: <https://www.bristolpost.co.uk/news/bristol-news/theft-vandalism-second-colston-statue-1815967> Acesso em: 25 out 2020.
___________. Row breaks out as Merchant Venturer accused of ‘sanitising’ Edward Colston’s involvement in slave trade. Bristol Post. 23 ago 2018. Disponível em: <https://www.bristolpost.co.uk/news/bristol-news/row-breaks-out-merchant-venturer-1925896> Acesso em: 25 out 2020.
____________. Second Colston statue plaque not axed and will still happen but mayor steps in to order a re-write. Bristol Post. 25 mar 2019. Disponível em: <https://www.bristolpost.co.uk/news/bristol-news/second-colston-statue-plaque-not-2682813> Acesso em: 25 out 2020.
____________. 100 human figures placed in front of Colston statue in city centre. Bristol Post. 18 out 2018. Disponível em: <https://www.bristolpost.co.uk/news/bristol-news/100-human-figures-placed-front-2122990> Acesso em: 25 out 2020.
DROYAARDS, Tjeer. Disponível em: <http://www.tjeerdroyaards.com/> Acesso em: 25 out 2020.
ELLERY, Ben. Toppling of slave trader Edward Colston starts domino effect across country. The Times. 11 jun 2020. Disponível em: <https://www.thetimes.co.uk/article/black-lives-matter-toppling-of-slave-trader-starts-domino-effect-across-country-0wlvbgldf> Acesso em: Acesso em: 25 set. 2020
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Jen Reid statue removal to ‘cost Bristol council thousands’. BBC, 17 jul 2020. Disponível em: <https://www.bbc.com/news/uk-england-bristol-53449749> Acesso em: 25 out 2020.
PRICE, Thomas J. The problem with Marc Quinn’s Black Lives Matter sculpture. The Art Newspaper, 16 jul 2020. Disponível em: <https://www.theartnewspaper.com/comment/a-votive-statue-to-appropriation-the-problem-with-marc-quinn-s-black-lives-matter-sculpture> Acesso em: 25 out 2020.
STATUE OF EDWARD COLSTON. In: WIKIPEDIA. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Statue_of_Edward_Colston> Acesso em: 25 out 2020.
TRUJILLO, Elsa. Tank volé, commissariat incendié: Ces fake news qui pullulent autour des manifestations américaines. BFM Business, 03 jul 2020. Disponível: <https://www.bfmtv.com/tech/vie-numerique/tank-vole-commissariat-incendie-ces-fake-news-qui-pullulent-autour-des-manifestations-americaines_AN-202006030169.html> Acesso em: 25 out 2020.
[cite]
Sensacional!! Adorei a clareza do texto! Nos faz pensar em coisas que muitas vezes nos passam desapercebidas e que precisam, por si só, serem revistas e reavaliadas! Parabéns!
Interessante a reflexão proposta no texto.
Zaira é minha amiga e me mandou esse teto. Parabéns, Tatiana!
Você consegue unir um excelente texto jornalístico, investigativo,
com estilo e fluência a um trabalho acadêmico gostoso de ler e com
profundidade. Parabéns, MESMO!
Agostinho J. Soares/Paraisópolis-MG
Muito claro e com informações que eu não conhecia. A questão da contextualização histórica foi muito bem colocada.
Monumentos jardins … reavaliar sempre. Parabéns ??
Tati….
Amei!!!!!
Amei demais!!!!
Que presente o teu texto nesses tempos de imbecilidade geral! Eu só superficialmente sabia dessa retirada dos monumentos, imagino como todo mundo, que viu os fatos pela TV. Mas VC contou uma história completa ali, como a coisa nasceu (anterior inclusive à morte de Lloyd!) até o seu fim difícil de vislumbrar. Aliás, que fim? O texto nos ensina justamente que todo fim é um instante q se desloca, que escapará para sempre…
Historia bem contada, escrita bem, de modo sucinto e ao mesmo tempo interessante. Texto dinâmico, aparentemente simples e direto, mas com um carisma entre as linhas que lhe dá força, que nos convida a participar, a nos interessar daquela longa luta.
Foi uma leitura que aos poucos foi me chamando para dentro, e em determinado momento não pude mais sair.
As imagens me ajudaram muito a participar da história. A gráfica da publicação idem. Elegante, de bom gosto. Não interfere, mas não é banal.
O conteúdo é muito bom. Em primeiro lugar essa história que conhecemos tão superficialmente se torna tão rica quando podemos descobri-la melhor e entendê-la, através das tuas informações completas mas não excessivas. Se vê o teu sério e competente trabalho de pesquisadora histórica! Parabéns!
Mas não basta, né? E então, para dar forma a esse teu artigo tão importante, você dá teu toque sensível no início e no fim. Quando li os emocionantes versos do Quintana pensei “que lindo, que vontade de ler esse texto, mas…. difícil que se conclua tão bem como começa!”. Mas errava! O final é emocionante também, consegue ser singelo dentro da sobriedade do tema e ao mesmo tempo ser tocante, emocionar.
Duplo
título MARAVILHOSO! Título que é uma imagem poética, que na abertura mexe conosco afetivamente e no final se concretiza pela imagem da estátua enraizada. Imagem que reassume a longa e tortuosa luta por redenção contada nessa história!
O que te dizer? Muito bom!
Parabéns mesmo!
Nesse texto reconheço a ótima museóloga q você se tornou, a artista talentosa que você é, e a pessoa incrível e bacana que conheci.
Obrigada por tê-lo dividido comigo!
Aliás, com todos nós! Em um momento de imbecilidade generalizada, o teu olhar inteligente e sensível do mundo é um bálsamo importante!
Tatiana, um texto consistente, explicativo, que relata um momento carregado de história e significados! Foi muito bom ler. Aprendi e ainda vou refletir bastante a respeito de « ícones » em todo mundo! Parabéns Tati! Um orgulho, né tia Zaira !!!!
Bj